O PERTENCIMENTO.
A criatura humana contemporânea debate-se entre a busca da sua INDIVIDUAÇÃO da massa humana de 10 bilhões de semelhantes e contraditoriamente sente-se arrastada implacavelmente pela enxurrada do PERTENCIMENTO a esta mesma massa. Debate-se entre o PERTENCIMENTO ao bando, ao grupo ou uma ideologia ou estética e, na contramão, rege-se pelo personalismo do EU absoluto, agarra-se à individuação e aos absurdos solipsistas. Este EU - na sua busca do PERTENCIMENTO - é capaz de apagar qualquer limite da ética e qualquer temor de sansão moral. A classe dos escravocratas criou, defendeu e praticou durante quatro séculos no passado do Brasil, a escravidão sem nenhum temor, remorso ou reparação sustentado pelo PERTENCIMENTO aos iguais. No século XX as duas GUERRAS MUNDIAIS, mostram até que ponto de barbárie pode chegar este do PERTENCIMENTO.
Na atualidade em nome do PERTENCIMENTO são praticados os mais absurdos fundamentalismos e fanatismos. PERTENCIMENTO que junta multidões nas praças, nos campos de batalhas ou pratica o mais solerte terrorismo de massa ensandecida.
Albin EGGER-LIENZ (1868-1926) - Nordfrankreich - 1917 – óleo, 116 x 231 cm
Poder Originário
Travessa PEDRO AMÈRICO nº 28 ap.11SEM TELEFONE
Desenvolvido por Webnode