MAIÊUTICA
-Devemos um galo a Esculápio!
Esta foi uma das últimas sentenças de Sócrates (470 a.C -399 a.C) perceber o efeito da cicuta sobre seu corpo. Foi sentenciado à morte por perverter a juventude ao fazer com que ela descobrisse em si mesmo a sabedoria de que ela era portadora.
Sócrates, filho de parteira, percebia que a mãe apenas ajudava a trazer ao mundo a nova geração - da melhor forma que lhe era possível. Convenceu-se que todo ser humano era portador da inteligência e que o papel do mestre era trazer ao mundo esta sabedoria singular e única. Era o que depois se convencionou denominar de MAIÊUTICA. MAIÊUTICA a semelhança do parto da Atenas inteligente nascida da mente de Zeus ainda ao custo de portentosas dores.
Sócrates usou a sua inteligência e curiosidade até o seu instante supremo. No seu patíbulo descobria e descrevia aos seus discípulos efeitos da planta da cicuta. O farmacêutico - que preparara o veneno - lhe descrevera os efeitos letais. Sócrates venerava o médico Esculápio como o deus da medicina. Fiel às tradições do seu povo - que sacrificava um galo em caso dos efeitos dos seus medicamentos - ele pediu aos discípulos cumprirem esta promessa:
-Devemos um galo a Esculápio!
Poder Originário
Travessa PEDRO AMÈRICO nº 28 ap.11SEM TELEFONE