GAÚCHOS em DISPONIBILIDADE
Infelizmente alguns “ gaúchos em disponibilidade” - na expressão de Athos Damasceno - espalharam uma imagem do sul-rio-grandense violento e que estava em guerras permanentes. Este argumento foi rebatido quando Athos corrigiu (1971, p.449) [1] esta imagem ao afirmar que:
“certamente, as lutas que tivemos de sustentar desde os tempos recuados da Colônia, na defesa de nosso território e na fixação de suas fronteiras, em muito entorpeceram e retardaram nosso processo cultural. Não, porém, tanto quanto seria natural que ocorresse, uma vez evidenciada historicamente a belicosidade crioula, arrolada por aí, com um abusivo relevo, entre virtudes que nos compõem a fisionomia moral. Nossa história está realmente pontilhada de embates sangrentos. Mas lutas e guerras não foram desencadeadas por nós, senão que tivemos de arrostá-las compelidos pelas circunstâncias. Nunca deixamos de ser um povo amante da paz. E, em nossos anseios de construção, sempre desejosos dela. Tropelias e bravatas de certos gaúchos em disponibilidade forçada, não têm o menor lastro Histórico: pertencem aos domínios da anedota que os próprios rio-grandenses exploram, com malícia, para a desmoralização daqueles que o fazem, com malignidade”.
DAMASCENO, Athos (190241975). Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900) Porto Alegre : Globo, 1971. 540p.
IMAGEM
Hélios SEELINGER. (1878-1965) - Pelo Rio Grande pelo Brasil -1925 - Museu de Piratini
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DAMASCENO, Athos. Artes plásticas no Rio Grande do Sul (1755-1900) Porto Alegre : Globo, 1971. 540p.
Poder Originário
Travessa PEDRO AMÈRICO nº 28 ap.11SEM TELEFONE