APRENDER a DESAPRENDER.
A pesada e disfuncional carga emotiva, intelectual e determinista que a criatura humana carrega nas costas e no seu repertório individual e coletivo deixa pouco espaço para escolhas livres e funcionais.
Alarmado pelos pitutos, atravessadores e mediadores o infeliz se arma das mais estranhas e pesadas cargas. De outra parte o indivíduo se sobrecarrega dos seus próprios repertórios infantis, de escolhas pessoais equivocadas e compulsões de toda ordem.
A educação escolar só ensinou ao estudante a apreender e a estocar conhecimentos e habilidades de culturas disfuncionais, caducas e inúteis. O estudante escolar teve, raras vezes, exercícios de desaprendizagem, de crítica e a busca a coerência entre o seu ENTE e o seu SER.
Porém cabe um alerta: Sócrates foi condenado à morte não por aquilo que ensinou, mas pelo que ensinou a desaprender. O resultado desta escolha foi que Atenas embriagou-se com o seu passado de glórias, fixou-se em carregar o peso do seu passado recente pelo acúmulo e aniquilou os mensageiros deste equívoco. Com este peso morto nas costas e este crime na consciência Atenas foi uma vítima fácil do macedônio Felipe e do seu filho Alexandre. Se tivesse aprendido a desaprender, com Sócrates, Atenas estaria livre, esperta e pronta para enfrentar este estrangeiro oportunista.
IMAGEM - FRANFURTER ALLGEMEINE - 14.08.2016 - karikatur-greser-und-lenz-hier
Poder Originário
Travessa PEDRO AMÈRICO nº 28 ap.11SEM TELEFONE
Desenvolvido por Webnode