CITAÇÕES de AUTORES ESTRANGEIROS VIVOS.
O COLONIALISMO BRASILEIRO deixou profundas cicatrizes nas MENTES, nas VONTADES e nos SENTIMENTOS nacionais e principalmente regionais.
Um destes índices são as FONTES BIBLIOGRÁFICAS de trabalhos acadêmicos que se querem CIENTÍFICOS, SÈRIOS e ATUAIS.
A desconfiança inicia quando se realiza uma distinção séria entre ATUALIZAÇÃO da INTELIGÊNCIA com PESQUISA.
Confunde-se uma mera CONSULTA BIBLIOGRÁFICA com PESQUISA. Pinça-se, cita-se e se comenta um parágrafo INTERESSANTE para o tema em PAUTA sem conhecer o contexto, a vida e as conexões com o autor da “FRASE OPORTUNA e BOMBÁSTICA” . Que o leitor vá atrás deste contexto, a vida e as conexões do autor cuja frase se pinçou, copiou e se colou eletronicamente num texto que resulta num almanaque de citações e do qual, o “AUTOR DESTA OBRA PRIMA”, perdeu o FIO de ARIADNE ou rompeu a comunicação com o mundo externo ao seu “MARAVILHOSO CÈREBRO ÚNICO e ORIGINAL”.
Porém o PIOR é o SISTEMA ACADÊMICO que obriga citar AUTORES ESTRANGEIROS VIVOS, que se cola eletronicamente num texto, sem nunca ter tomado café, almoçado, trabalhado com estes “ESTRANHOS SERES de um OUTRO MUNDO MARAVILHOSO e DESENVOLVIDO” . Nestas mentalidades servis estas CITAÇÕES e COLAGENS ELETRÔNICAS conferem PRESTIGIO INTERNACINAL para ESTA PESQUISA COLONIAL recheada de PERSONAGENS que o própria calígrafo canhestro pouco conhece. O autor citado liga tanto quanto ALBERT CAMUS leu, prestigiou e divulgou os intelectuais de PORTO ALEGRE quando ele visitou a cidade em 1947. Bem ao contrário, saiu falando mal e tratou de esquecer logo a cidade e os seus intelectuais.
Porém neste sentimento de SERVIDÂO e COLONIALISMO reina a vontade de ser prosélito babaca e constituir um HALO de FAMA ao redor de uma nulidade na sua cultura de origem.
No entanto os CLÁSSICOS do TEMA, os autores nacionais e regionais são confiados ao LIXO destes BARBAROS LETRADOS.
Em resumo é possível afirmar que estes CITADORES APRESSADOS, COLADORES ELETRÔNICOS e SUPERFICIAIS conseguem a dupla façanha de CORROMPER a CULTURA LOCAL como também AMESQUINHAR, CORROMPER e DISTORCER a CULTURA MUNDIAL e BRASILEIRA. Deve ser uma “HONRA SUBLIME” ser CITADOS e COLADOS por estes atravessadores, mediadores e pitutos acadêmicos.
Uma OBRA ARTE autêntica de um ARTISTA do bairro, no qual vivo, vale mil vezes mais do que qualquer cópia de uma obra de cujo contexto, vida e mentalidades eu não conheço absolutamente nada.
COMPAGNON, Antoine. O trabalho da citação. Belo Horizonte: Editora UFMG. 1996. 115p
FACE BOOK
Poder Originário
Travessa PEDRO AMÈRICO nº 28 ap.11SEM TELEFONE