O CAÇADOR de MARAJÁS
A casta dos “CAÇADORES de MARAJÁS” brotou, prosperou e se reproduziu no Brasil ao longo de toda a sua História. Trata-se de fato transformar o projeto do combate aos EGOS CONCORRENTES num negócio lucrativo. O Brasil só teve marajás em literatura de péssima qualidade na mente de políticos mal-intencionados. Políticos mal-intencionados cujo negócio é demolir fama de autênticas personalidades. Políticos que se arvoram em juízes oniscientes para colocar o seu o onipotente onipresente e eterno EU no lugar que eles acham que merecem estar. Para atingir este objetivo “CAÇADORES de MARAJÁS” colocam em dúvida a moral, a competência e o currículo do seu inimigo a ser demolido. Do êxito desta tarefa demolidora, insana e única depende a projeção, a fortuna e a vida deste político.
O caso mais exitoso e ainda não superado dos “CAÇADORES de MARAJÁS” no Brasil foi Francisco Campos (1891-1968). Ele foi um agente ativo na Revolução de 1930. O Diário de Noticias Ano XIII nº 214 POA- RS o apresenta na capa do 10 de novembro de 1937 como comandante, em 1931, da “Legião de Outubro” em Minas Gerais. Nesta Legião ele combatia “o predomínio a política do personalismo no qual residiam os males mais graves do nosso sistema político”. Caçou e massacrou os mais preclaros líderes da Revolução de 1930 com a sua jurisprudência e seu posto conquistado com o Estado Novo de 1937. Repetiu a sua caça a partir de 31 de março de 1964 massacrando os que prestaram relevantes serviços ao Brasil entre os 1945 e 1964 quando ele estava apagado dos noticiários brasileiros. Francisco Campos foi o mestre da redação dos Atos Institucional (AI) que atingiram aqueles tinham conseguido glória e justa projeção. Exerceu esta arte de forma ardilosa, eficiente e vitalícia.
Parece que contraditoriamente o remédio, para este mal, era criar personalidades aplastrantes, olímpicas e inquestionáveis para comandar este “ESTADO DESPERSONALIZADO” que Francisco Campos sonhava. Porém para o seu EGO o perigo máximo e risco fatal era a hipótese de ele ser dispensado e colocado num segundo plano.
Se Marcel Duchamp estivesse ao alcance deste “CAÇADOR de MARAJÁ” este artista iria se arrepender de sua frase: ...
“”Sob a aparência, estou tentado dizer sobre o disfarce, de um dos membros da raça humana, o indivíduo é de fato sozinho e único e no qual as características comuns a todos os indivíduos, tomados no conjunto, não possuem nenhuma relação com a explosão solitária de um indivíduo entregue a si mesmo”.
DUCHAMP. Marcel (1887-1968) “O artista deve ir à universidade?” in SANOULLET, Michel. DUCHAMP DU SIGNE réunis et présentés par Michel Sanouillet Paris: Flammarrion, 1991, pp. 236-239
DUCHAMP Marcel - 1887-1968 - A Noiva 1913-1923 - o grande vidro-
FRANCISCO CAMPOS
Poder Originário
Travessa PEDRO AMÈRICO nº 28 ap.11SEM TELEFONE
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