As ARTES e a SERVIDÃO VOLUNTÁRIA.
Para quem estiver atento, sabe discernir e distinguir as artes sempre foram um espelho e um bom índice as condições coloniais, de servidão e do totalitarismo. Na sua autonomia e na sua essência as artes não se envolvem, não tomam partidos e nem saltam para a arena política ou ideológica.
No pensamento de Platão a arte iria desaparecer completamente da face da terra e se metamorfoseariam em outra coisa se ela tivesse de se submeter a sua pesquisa e se dobrar às leis e viver na heteronomia delas.
“Veríamos desaparecer completamente todas as artes, sem esperança alguma de retorno, sufocada por esta lei que proíbe toda pesquisa. E a vida que já é bastante penosa, tornar-se-ia então totalmente insuportável” ( Platão, Diálogos, 1991, p.417)
A arte, praticada ao longo do Estado Novo brasileiro, confere corpo ao pensamento de Platão.
No contraditório artes praticadas ao longo do Estado Novo brasileiro no seu distanciamento, neutralidade e outra coisa documentam do que possível ao artista neste tempo e lugar. As artes deste tempo e lugar também carregam, no mínimo de sua forma física, o máximo de testemunho de sua origem totalitária e oligárquica.
PLATÃO ( 427-347) DIÁLOGOS – (5ª ed.) São Paulo : Nova Cultural, 1991 – (Os pensadores)
https://pt.scribd.com/doc/12868010/Colecao-Os-Pensadores-Platao
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