A RECEPÇÂO da OBRA de ARTE em PORTO ALEGRE
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Por melhor que seja, por mais que o ARTISTA ESTUDE e TRABALHE sua OBRA de ARTE ela só se COMPLETA na sua RECEPÇÂO.
Porto Alegre é herdeira da cultura Brasileira que por sua vez possui profundas raízes lusitanas Miguel Ângelo havia diagnosticado a situação da ARTE em PORTUGAL três séculos antes da Missão Artística Francesa. Francisco de Holanda registrou este diagnóstico nas páginas dos ”Diálogos de Roma” (1955, p.03): “de uma cousa é infamada Espanha e Portugal, e esta é que em Espanha, nem Portugal, não conhecem a pintura, nem fazem boa pintura, nem tem seu honor a pintura”. Miguel Ângelo tinha esta informação de um dos seus ajudantes de origem portuguesa.
O longo, pesado e alienante regime colonial - aplicado por Portugal ao BRASIL - somado à escravidão impôs um modo de SER padronizado às eventuais expressões regionais. A presença, dos membros da MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA, rompia com este modelo único colonial. Os membros desta MISSÃO buscavam meios para jogar o BRASIL numa realidade estética muito além da capacidade e da competência em assimilar as consequências da REVOLUÇÂO FRANCESA e do IMPÉRIO NAPOLEÔNICO dos quais estes artistas europeus era originários.
A oportunidade de mudança redundou em mais uma seção burocrática imperial. Seção cujos cargos eram cabides de emprego oportunos para os sócios da corte. A verdadeira promessa de um projeto de uma escola não saiu das mentes. O projeto de 1816 ficou mofando no papel até 1959 quando foi achado por Mário Barata que o divulgou para um seleto grupo de intelectuais brasileiros. Neste meio tempo continuaram, na Imperial Academia de Belas Artes, a reinar os hábitos da escravidão, as práticas do regime colonial alienante e pesado. A seção burocrática, imperial e centralizadora no Rio de Janeiro era sustentada pelas províncias, como o Rio Grande do Sul, que não tinham direito à uma destas INSTITUIÇÕES de ARTES.
Não há dúvidas de que o ARTISTA a sua OBRA melhor que seja PRIMORDIAIS. NO entanto esta PRIMORDIALIDADE supõe a TRAVESSIA pelo MUNDO. De um lado o ARTISTA é PRÌNCIPE na medida em que traz ao mundo e a sua OBRA. Porém ele não pode entregar, esta OBRA, a qualquer ATRAVESSADOR, MEDIADOR ou seu PITUTO. Se de um lado o ARTISTA possui urgência de que a sua OBRA PEREGRINE pelo MUNDO, de outro ele necessita ter a garantia de que ela não cai nas mãos de qualquer contraventor delinquente e irresponsável , por mais ESTUDE e TRABALHE de ARTE ela só se COMPLETA na sua RECEPÇÂO.
[1] HOLANDA, Francisco de (1517-1584) Diálogos de Roma: da pintura antiga. Prefácio de Manuel Mendes. Lisboa : Livraria Sá da Costa, 1955, 158 p.
[1] Na primeira metade do século XV ALVARO PIRES de ÉVORA abandonou Portugal fixando-se em Florença de onde nunca mais voltou
https://www.publico.pt/2018/01/14/culturaipsilon/noticia/esta-obra-do-primeiro-pintor-portugues-vai-ser-leiloada-em-nova-iorque-1799253?page=/culturaipsilon&pos=3&b=feature_d + https://pt.wikipedia.org/wiki/Álvaro_Pires_de_Évora
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