A HISTÓRIA NÃO É LIXEIRA.
https://naofoinogrito.blogspot.com.br/2014/07/nao-foi-no-grito-096.html
Ninguém consegue libertar a História indígena, africana e do imigrante brasileiro do interior de uma cápsula hermeticamente fechada e ameaçada de torna-se lixo. Em tempo de obsolescência programada e de descarte generalizado o dia anterior - e o passado em geral - entram na categoria do obsoleto, do inútil - senão como algo ameaçador . O historiador passa a ser percebido e tratado como o catador de lixo para esta mentalidade consumista. Para esta mentalidade a única função do passado é mostrar como o EU do presente é superior. Este EU julga se onipotente, onisciente, onipresente e eterno, pois ele está VIVO e TRIUNFANTE e o passado está MORTO e INÚTIL. Assim o passado é reificado, torna-se COISA e como objeto pode ser ridicularizado, desqualificado e descartado, na hora e na forma que interessa este mortal vivo e idiota. Idiota que não percebe que ele próprio é parte deste processo e que portanto nada entende do dia do hoje e do presente. Marc Bloch esclarecia e distinguia (1976: 4.).
“É tal a força da solidariedade das épocas que os laços da inteligibilidade entre elas se tecem verdadeiramente nos dois sentidos. A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado. Mas talvez não seja mais útil esforçar-nos por compreender o passado se nada sabemos do presente” .
BLOCH, Marc (1886-1944) . Introdução à História.[3ª ed] Conclusão de Lucian FEBVRE - .Lisboa :Europa- América 1976 179 p
Poder Originário
Travessa PEDRO AMÈRICO nº 28 ap.11SEM TELEFONE
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